Tramitam na Câmara dos Deputados dois projetos que visam antecipar o pagamento de precatórios durante a pandemia do novo coronavírus.
O Projeto de Lei Complementar PLP 107/20, de autoria do deputado Rodrigo Coelho (PSB-SC), busca promover alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – Lei Complementar 101/00) para determinar a antecipação, enquanto durar o estado de calamidade pública, dos precatórios de natureza alimentar.
“Tratam-se de verbas devidas a pessoas que tiveram fontes de renda prejudicadas e reconhecidas em decisões judiciais, em sua maioria sobre salários, pensões, aposentadorias, indenizações por morte ou invalidez, benefícios previdenciários e créditos trabalhistas, entre outros”, explicou o deputado.
Segundo Rodrigo Coelho, a arrecadação tributária está comprometida pela pandemia, e propostas na Câmara determinam a suspensão dos pagamentos de precatórios. “Essa alternativa não é viável, pois é claro o prejuízo das pessoas que há anos esperam para receber os valores que lhes foram negligenciados”, afirmou.
A legislação já prevê a possibilidade de adiantamento dos pagamentos de precatórios alimentares quando a pessoa credora tiver 60 anos ou mais ou doença grave.
Existe também tramitando o Projeto de Lei 1690/20, do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), que determina que todos os valores a serem liquidados no primeiro semestre deste ano sejam destinados a pessoas idosas.
Na definição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), precatórios são requisições de pagamento expedidas pelo Poder Judiciário para cobrar dos municípios, dos estados, do Distrito Federal ou da União, assim como de autarquias e fundações desses entes federados, o pagamento de valores devidos após condenação judicial definitiva.
Previstos na Constituição, os precatórios podem ser alimentares ou comuns e os alimentares como regra são pagos antecipadamente.
Fonte de citação: Direito News