Três anos após a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) punir ex-dirigentes do Postalis, fundo de pensão dos servidores dos Correios, por irregularidades na aplicação de dinheiro da entidade, a última instância administrativa do Ministério da Previdência Social confirmou nesta terça-feira (26) as punições.
O ex-presidente do Postalis, Alexej Predtechensky, além de Adilson da Costa, José Carlos Rodrigues Sousa, Mônica Caldeira Nunes e Ricardo Oliveira, diretores e gerentes do fundo terão que pagar multas de R$ 40,3 mil cada um e estão inabilitados por três anos para gerir qualquer outra entidade fechada de previdência complementar.
Essas penalidades se somam a outras, na mesma linha, que já foram aplicadas aos mesmos executivos e também confirmadas pela Câmara de Recursos da Previdência Complementar no início de março.
Entre 2012 e 2013, a Previc aplicou 12 autos de infração a integrantes da diretoria do Postalis – que estiveram à frente da entidade entre 2006 até 2011 – justamente por problemas encontrados na gestão dos recursos das contribuições dos cerca de 75 mil funcionários dos Correios que integram o plano de previdência chamado BD Saldado.
No julgamento desta terça-feira (26), os integrantes da Câmara não aceitaram os argumentos de defesa apresentados pelos ex-dirigentes que contestam as punições. A condenação mais recente se deveu, entre outras acusações, à desobediência aos limites de colocação de parte do dinheiro do plano de previdência BD, que integra o Postalis, em títulos de dívida externa. No portfólio de aplicações havia, por exemplo, fundo soberano de países como Venezuela e Argentina.
FONTE: DIÁRIO DOS FUNDOS DE PENSÃO