Você sabia que nas atividades expostas a hidrocarbonetos o uso de luva e cremes não retira a especialidade?
🧤Cremes e luvas protetoras são normalmente EPI oferecidos pelas empresas para funcionários que trabalham expostos a agentes químicos, como hidrocarbonetos.
Entretanto, alguns pontos precisam ser observados:
📌muitas vezes as luvas são espessas e acabam não sendo usadas em algumas atividades pela necessidade de sensibilidade e precisão.
📌 para óleos, graxas e agentes líquidos, a retirada da luva muitas vezes importa no contato com os agentes, já q ela fica impregnada com o mesmo.
📌os cremes atuam apenas como atenuadores dos agentes nocivos.
📌normalmente o empregador não possuiu prova de que a Luva era efetivamente utilizada de forma permanente, em todo o período de desempenho da atividade.
📌 hidrocarbonetos aromáticos causam danos ao organismo que extrapolam as patologias cutâneas.
➡️Lembro que os solventes agem de maneira agressiva à pele, removendo uma fina camada de gordura que resulta em possíveis e graves irritações.
➡️A ingestão ou inalação de hidrocarbonetos pode causar irritação dos pulmões, com tosse, sufocamento, falta de ar e problemas neurológicos.
⚖️Sobre o tema veja interessante decisão do TRF4:
📎O uso de cremes ou luvas protetoras das mãos e braços não pode afastar a especialidade do labor, “uma vez que o fornecimento, e até mesmo o uso eficaz, de creme protetor de segurança e luva para proteção contra óleos minerais e graxa são equipamentos destinados tão somente à proteção das mãos e dos braços, promovendo exclusivamente a proteção cutânea. Ocorre que a exposição do trabalhador a hidrocarbonetos aromáticos causa danos ao organismo que extrapolam as patologias cutâneas. (TRF4, AC 5025149-43.2019.4.04.7001, DÉCIMA TURMA, Relatora CLÁUDIA CRISTINA CRISTOFANI, juntado aos autos em 15/03/2023).
Fonte: @giselekravchychyn
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